BASQUETEBOL| RESUMO DA FASE FINAL DISTRITAL DAS SUB14 FEMININAS

A equipa de Sub-14 Femininos disputou nos passados dias 1, 2 e 3 de Fevereiro a Fase Final Distrital do escalão, que decorreu no pavilhão do Galitos. Tínhamos consciência que seria um momento bastante duro, afinal falamos de 5 jogos em pouco mais de dois dias, onde o tempo de recuperação (quer física como mental) era muito curto. No entanto, levávamos connosco um percurso que começou faz 5 meses. Primeiro o adaptar e a construção de uma “nova” equipa, depois o encontrar do caminho para competir com qualquer adversário e agora queríamos mais.

Para este ponto alto, ainda, queríamos aproveitar o facto de termos 5 atletas que repetiam esta passagem e experiência, bem como manter o foco da equipa sempre jogo a jogo.

CPEsgueira x GICA

(52-47)

1 de Fevereiro, Jornada 1

Entrámos na Fase Final a defrontar uma equipa em que sabíamos bem que tínhamos de melhorar a nossa capacidade de parar a jogadora com bola e de ao mesmo tempo sermos muito coletivas a impedir que sofrêssemos ponto. Ao mesmo tempo, o C.P. Esgueira foi dos adversários com quem fomos dando grandes saltos qualitativos, sempre que nos cruzámos nas diversas fases do campeonato distrital, por isso, para este jogo queríamos manter esse caminho. Assim o fizemos. Apesar de algum nervosismo inicial (com escolha precipitada de alguns passes e lançamentos), começámos o jogo com uma boa defesa em que provocávamos a violação do tempo de ataque, maus passes e lançamentos com oposição. No ataque tanto encontrámos situações de vantagem perto do cesto, como de média e longa distância (imagem que fomos mantendo ao longo de toda a fase final). Depois de um primeiro período com uma vantagem 4-15, tivemos que reagir a um adversário agora mais físico, rápido e muito eficaz no 1×1, no entanto conseguimo-nos manter na frente do marcador até meio do último período do jogo, fruto de boas decisões coletivas no ataque e de um grande empenho defensivo. Contudo, decisões de passes menos esclarecidos, abalaram a nossa confiança e permitiram o CPE passar para a frente no marcador, algo que não conseguimos reverter até ao apito final.

Apesar de não termos saído com a vitória, tal não tira de todo o mérito do nosso desempenho em campo. Proporcionámos bons momentos de basquetebol que conjugámos com muita luta e uma união fantástica.

 

GICA x ADSanjoanense

(53-50 após prolongamento)

2 de Fevereiro, jornada 2

Para o segundo jogo começámos por manter o foco exatamente no mesmo, independentemente do resultado do dia anterior e do que ainda nos faltava nesta competição. Era preciso, mais uma vez, sermos muito responsáveis a parar a jogadora com bola, atacar os ressaltos e ganhar todas as bolas divididas, bem como conseguirmos que o nosso ataque tivesse mais movimento para encontrarmos as melhores situações de lançamento ao cesto. Apesar de uma entrada em jogo mais difícil, aos poucos fomos conseguindo cumprir o que nos tínhamos proposto, passando a estar em vantagem durante o jogo a partir do segundo quarto até, novamente, meio do último quarto. Aí, por via de erros cometidos por nós, permitimos que o adversário nos superasse e estivesse mesmo 6 pontos à nossa frente.

No entanto, depois do nosso desacerto, deu-se um dos momentos em que revelamos grande maturidade e foco. Faltando menos de um minuto para terminar o tempo regulamentar, tivemos dois ataques seguidos (que conquistámos fruto de duas boas defesas coletivas) em que criámos situações de vantagem na linha de 3 pontos, que nem hesitámos em lançar e converter, forçando o jogo a prolongamento. Recuperámos a confiança, aumentámos ainda mais agressividade nas nossas ações defensivas, fazendo o adversário esgotar o tempo de ataque, a realizar maus passes e lançamentos, ao mesmo tempo que no ataque continuamos a revelar grande capacidade de tanto lançar perto do cesto por via do próprio 1×1, como de converter em tiro exterior por via de assistências das colegas.

Impedimos, assim, que a “história” do dia anterior se repetisse, conseguindo averbar uma vitória importante nesta Fase Final e frente a um adversário que nunca tínhamos conseguido superar.

GICA x AD Ovarense

(40-24)

2 de Fevereiro, jornada 3

Entrámos para o terceiro jogo desta Final 6, com uma vitória e outra derrota na bagagem. Mas, independentemente disso mantivemo-nos na linha que nos tínhamos proposto: pensar jogo a jogo, tentando melhorar o que de menos bom tínhamos realizado antes.

Para este jogo tínhamos que, mais uma vez, sermos muito responsáveis a defender a portadora da bola, fazer bons bloqueios defensivo e ter bom movimento no ataque. Apesar de em certos momentos se notar já algum cansaço, especialmente quando olhamos para a eficácia dos nossos lançamentos, depois de os três primeiros períodos do jogo mais equilibrados, fomos capazes de nos distanciar o marcador, arrecadando uma dupla vitória no dia e na competição.

Saímos desse segundo dia de competição muito orgulhosas do trabalho que tínhamos realizado até aí, mas não podíamos ficar por aí.

 

Clube Galitos x GICA

(73-29)

3 de Fevereiro, Jornada 4

Começamos o terceiro dia de competição com uma das equipas que ainda não tinha perdido nem neste momento concentrado, nem nas fases anteriores do campeonato.

Assim, para este quarto jogo da Final 6, precisávamos de conseguir diminuir os nossos erros no ataque (lançamentos desequilibrados ou muito cedo e maus passes), para que o correr para defender depois fosse menos difícil. Tivemos, no entanto, alguma dificuldade em o conseguir e, por isso, permitimos ao adversário a concretização de muitos lançamentos sozinhos (por via de contra-ataques). Conseguimos, contudo, realizar coisas boas como a nossa defesa em meio campo, foram muito pouco os pontos que sofremos quando obrigamos o Galitos a ultrapassar a nossa defesa coletiva. Para além disso, terminámos o jogo com uma equipa jovem em campo, que realizaram duas boas jogadas coletivas, concretizadas por duas atletas que para o ano se mantém no escalão de sub-14.

Beira-Mar x GICA

(49-52)

3 de Fevereiro, Jornada 5

Chegávamos ao último jogo da Fase Final, com algum desgaste físico e mental, mas que o momento da paragem para almoço e para estar ao ar livre ajudaram a recuperar algum “boost” de energia.

Para nós (equipa, clube, pais…) este era um jogo que tanto poderia ser a cereja no topo do bolo (ao vencermos, conquistávamos o 3º lugar da classificação, ao perdermos até 6 teríamos o 4º lugar, ambos dado acesso a liguilhas para o campeonato nacional), como colocar-nos no mesmo posto com que tínhamos entrado nesta competição (o 5º lugar, algo que poderia não transparecer a boa fase final que tínhamos realizado até então).

Apesar disto, a equipa focou-se no jogo em si (“jogo a jogo”, sem pensar no que tinha acontecido para trás, foi sempre, sempre a nossa mentalidade). Se até então a responsabilidade individual defensiva foi necessária, mais ainda agora, quando defrontávamos uma equipa bastante coletiva. Para além disso, era preciso ser mais física a atacar os ressaltos e todas as bolas. Não tínhamos espaço para criar vantagens nos cortes para o cesto, mas antes criámos espaços para ultrapassar a defesa em drible e a assistir para uma colega que estava sozinha. Conseguimos, assim, entrar muito bem no jogo, com a alternância entre o tiro exterior e os lançamentos pertos do cesto a continuar a ser uma das nossas imagens de marca. O jogo foi sempre bastante equilibrado, mas conseguimos dominar o marcador em grande parte do jogo, apenas a meio do último quarto é que o adversário conseguiu empatar o jogo e alternâncias no marcador passaram a acontecer.

Este foi o momento em que, mais uma vez, revelámos uma grande maturidade e foco, para além de uma maior capacidade física e mental. Nunca deixámos o jogo escapar por mais de 1 ou 2 pontos, e a 2 minutos do final, quando ficámos pela última vez a 1 ponto do adversário, impusemos, por um lado, um trabalho defensivo incrível fazendo com que o adversário não chegasse mais a encontrar o cesto e, por outro, não trememos com a bola na mão e só quisemos encontrar o cesto para fixar o marcador com mais quatro pontos nossos.

A nossa participação nesta Final 6 foi uma verdadeira e enorme vitória, que podemos elevar a muitos níveis. Em primeiro ao trabalho da Equipa, muito crescente deste que começámos em Setembro. Presenteamos momentos de basquete muito bons, deixámos uma excelente imagem e revelámos uma superação, maturidade, entrega, união, garra e foco fantásticos. Para além disso, permite agora a Equipa Sub-14 Femininos lutar pela presença no Campeonato Nacional, o que, a acontecer, trará uma maior e diferente bagagem de experiências às nossas atletas. Por fim, ter a Carolina Seixas no 5 ideal da competição enche-nos também de orgulho e confiança no trabalho.

Depois os pais, amigos, familiares, atletas GICA que nos acompanharam com um entusiasmo enaltecedor. Foram a sexta jogadora em campo (e fora dele também), que acompanharam as nossas atletas em todos os jogos, em todos os momentos, e que não haja dúvida algum, transmitiram à equipa a energia positiva que elas precisaram para conquistar o terceiro lugar. Todos juntos nos sentimos uma enorme Família, imagem que não duvido, perdurará.

Temos agora o trabalho em Equipa da parte técnica também. Elemento tão crucial como todos os outros. O corpo técnico tem vindo a trabalhar no mesmo sentido, desde que a época começou, por isso, poder contar com a presença e colaboração do coordenador Luís Araújo e do treinador Sérgio Silva, só demonstra a linha coletiva e qualitativa para a qual caminhamos. Mas o trabalho em Equipa não fica por aqui. O trabalho em Equipa começa pelo trabalho nas escolas, pela captação e pelo minibasquete e por isso, aqui, podemos acrescentar também a Beatriz Melo, por exemplo.

Por fim, e não menos importante, o GICA. A aposta de quem o dirige e acompanha, para que o trabalho seja sempre melhor, permitiu o acrescento do trabalho de performance, que nos coloca nesta Fase Final a aguentar o esforço físico e a competir os 5 jogos com muita intensidade (obrigada ao Marcelo também). No entanto, tal também acontece porque pudemos ter connosco a Fisioterapeuta Rosa (a quem não podemos estar mais agradecidas), elemento que foi essencial à saúde física das nossas atletas.

Partimos agora, assim, para mais outra viagem, depois de toda a emoção do fim-de-semana (ainda tão latente em todos os que dele fizeram parte). Queremos mais, por isso, o nosso foco agora está neste fim-de-semana, na disputa de um lugar (merecido) no Campeonato Nacional.

 

Jogaram: Ana Marta Neves, Anastácia Okhremenko, Beatriz Seixas, Carolina Seixas, Madalena Picado, Margarida Silva, Maria Beatriz Dias, Maria Luís Neves, Mariana Mendes, Rafaela Pinto, Salomé Neves, Sara Pereira

Treinadores: Leonor Silva, Andreia Branco, Luís Araújo, Sérgio Silva

Seccionista: Inês Picado

Fisioterapeuta: Rosa

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